Outubro Rosa: Câncer de mama também atinge pets

Saiba como diagnosticar e prevenir o câncer de mama em cães e gatos.

câncer de mama não é uma grande preocupação apenas para os humanos. Um dos tumores mais frequentes na população feminina, atingindo em torno de 57 mil casos por ano no Brasil, também tem grande incidência sobre animais de estimação domésticos. Por isso, a campanha de prevenção do Outubro Rosa também pode se aplicar aos pets.

Segundo dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em torno de 45% das cadelas e 30% das gatas desenvolvem algum tumor, sendo que 85% dos casos apresentam caráter maligno. Entre as cadelas, 50% deles são de mama. Já entre as gatas a porcentagem é de 30%. Machos também podem desenvolver a doença, mas as chances são mínimas (3%).

O médico veterinário Adolfo Sasaki comenta que o aumento da expectativa de vida, anticoncepcionais, obesidade e alimentação inadequada são alguns dos fatores que influenciam para o desenvolvimento de neoplasias. “O que assusta é que aproximadamente 17% dos diagnósticos em cadelas são realizados de maneira tardia, o que reduz as chances de efetividade do tratamento”, alerta.

Tanto em cães quanto em gatos, a doença surge por volta dos 6 anos e os riscos aumentam com o passar dos anos.

Diagnóstico

O acompanhamento do tutor é de extrema importância para a identificação precoce de nódulos mamários, sendo que a atenção deve ser redobrada em animais idosos. Pré-diagnosticar é bem fácil. Basta apalpar as mamas e ver se não há nenhum nódulo, um carocinho que não era para estar ali. No começo são bem pequenos; em casos avançados, eles mas podem chegar até a 15cm de diâmetro.

Porém, isso é apenas um pré-diagnóstico. Anormalidades devem ser investigadas por exames mais completos. “O veterinário vai investigar para verificar se o tumor é maligno ou não, determinando o tipo de tratamento mais adequado. Existem casos em que não há a necessidade de retirada do nódulo ou da cadeia mamária”, explica Sasaki.

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Tratamento

No caso do câncer de mama, a cirurgia ainda é o principal método de tratamento. No procedimento, dependendo do local e tamanho do nódulo, o tumor ou mesmo partes ou todas as mamas da uma cadela ou gata são retirados.

O tratamento também pode implicar radioterapia, quimioterapia ou eletroquimioterapia, mas nos casos de câncer de mama eles não são muito aplicados, sendo mais eficientes no tratamento de linfoma ou leucemia.

Após a retirada dos nódulos, é possível fazer um exame histopatológico para saber qual o tipo de tumor, que ajudará o veterinário a determinar o acompanhamento do pós-operatório e a manutenção da saúde do pet por parte do tutor.

Em paralelo ao tratamento indicado pelo oncologista, também é possível contar com a ajuda de veterinários especialistas em nutrição, que podem elaborar uma dieta e ajudar na qualidade de vida do pet.

Prevenção

Uma das medidas recomendadas para reduzir a probabilidade de aparecimentos de tumores mamários nos pets é a castração, que deve ser efetuada ainda nos primeiros cios.

Sasaki ainda destaca que, apesar de ser um procedimento cirúrgico, os riscos são baixos e menores que os envolvidos com o uso dos anticoncepcionais: “Além de predispor o pet ao câncer de mama, esses hormônios aumentam as incidências de outros tipos de tumores, como no útero e ovário. Diabetes também é outra doença que pode surgir com o uso”, conclui.

Fonte: Hyffpostbrasil.com